Veridica

Foi de repente, de repente aproximou-se de mim, tão depressa que nem havia tempo de reagir, disse que me queria, que me desejava. Com o passar do tempo, um sentimento em mim foi crescendo, um sentimento que nunca antes tinha eu sentido, mas uma felicidade boa de sentir. O tempo foi passando, o calor do Verão invadia-me de uma forma estranha e eu ali sentada naquela toalha, naquela areia, naquela praia, à espera de ti, das promessas sem fim que me fazias, mas que nunca chegaste a cumpri. Mas nunca desanimei, esperei sempre o dia em que te iria voltar a ver e tudo iria mudar para melhor. Mas tu não eras quem eu esperava, não eras a pessoa dos meus sonhos, não eras a pessoa maravilhosa que eu tanto procurava. Não, tu eras aquela pessoa que só me desiludia, mas ao mesmo tempo fazia-me feliz. E foi por isso que mais confusa fui ficando, foi aí que percebi que te amava de uma maneira única, incondicionalmente, e queria lutar por ti, lutar sem desistir. Entretanto continuaste a fazer promessas, que mais uma vez não cumprias, mas eu acreditava, acreditava porque te amava e vivia por e para ti. Mas quando eu menos esperava, tu revelaste-te, e foi a revelação de uma pessoa tão má. Eu sofria, de tanto te amar e não te poder ter. E quando eu queria voltar para ti, esquecer o passado e começar de novo, tu partiste, partiste sem avisar, e sem te importares se eu iria sofrer, o que me deixou ainda mais triste, mais desiludida, mais doente. Tu eras tudo para mim, eu sentia -te, e guardava, bem guardadinho, para que nunca ninguém te pudesse tirar de mim, mas as minhas forças estavam a acabar, não podia ser só eu a fazer com que resultasse, estava completamente sem forças, e deixei que te tirassem de mim. Partiste. E é com a maior lágrima do mundo, que me está a escorrer na cara que me despeço.





Odeio-te por me fazeres amar-te tanto.

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